Desmistificar a menopausa, quebrar o tabu e promover um diálogo aberto e informado. Este foi o desafio e o objetivo central da sessão informativa, organizada pela Astellas Farma em colaboração com a Câmara Municipal de Oeiras, no Palácio Anjos, em Algés. No âmbito das celebrações do Dia Mundial da Menopausa, o evento reuniu especialistas para promover uma abordagem científica e desmistificada desta fase crucial na vida da mulher, no passado dia 18 de outubro.

Reforçando a sua natureza como uma transição fisiológica e não uma patologia, a iniciativa visou “garantir que este momento particular da mulher não seja percecionado como uma interferência negativa na sua vida”. Com a participação de especialistas de renome e um público atento, o evento cumpriu o seu objetivo de fornecer informação credível, quebrar o silêncio em torno do tema e promover uma visão positiva desta transição.

Filipe Ribeiro, da Astellas Farma, reforçou que “é fundamental que as mulheres tenham acesso a informação credível e baseada na ciência para poderem tomar decisões informadas sobre a sua saúde. Esta sessão proporcionou um espaço fundamental para desmistificar conceitos e destacar as soluções personalizadas que garantem qualidade de vida nesta fase, rejeitando a ideia de que a menopausa é uma doença.” A Astellas reitera o seu compromisso em apoiar esta jornada, enfatizando a necessidade de uma relação de confiança entre as mulheres e a comunidade médica para um acompanhamento holístico e personalizado.

Os especialistas presentes partilharam perspetivas valiosas, abordando a menopausa de forma integrada. Ana Fatela, ginecologista da Maternidade Alfredo da Costa, afirmou que “a menopausa é, fundamentalmente, uma data – um ano após a última menstruação – e não uma doença. É um processo fisiológico de declínio hormonal que acarreta diversos efeitos, e não sintomas, que, embora por vezes desafiadores, são geríveis. A mulher deve desempenhar um papel ativo na gestão destes efeitos através de escolhas conscientes e da adoção de um estilo de vida saudável. O acompanhamento médico individualizado é crucial para explorar as melhores estratégias, incluindo terapêuticas preventivas, garantindo que cada mulher viva esta fase com conforto e bem-estar e, acima de tudo, evitando os riscos a longo prazo associados, tais como a osteoporose, diabetes, obesidade e neoplasias.”

 Para Afonso Vale, médico de família na USF de Oeiras, “como o médico de família é o primeiro ponto de contacto e o pilar da saúde em Portugal tem um papel fundamental no acompanhamento contínuo e holístico na menopausa, desmistificando e coordenando os cuidados para que a mulher se sinta apoiada em todas as dimensões – física, psicológica e social. Com muitos anos de trabalho e vida ativa pela frente, é crucial abordar os sintomas e prevenir riscos a longo prazo. É cada vez mais notório o papel ativo das mulheres na comunicação das suas queixas e é por isso que iniciativas como esta são essenciais para as encorajar. Não tenham vergonha, não silenciem o que estão a passar.”

De acordo com Cristina Mesquita, presidente da VIDAs – Associação Portuguesa de Menopausa, “muitas mulheres sentem-se negligenciadas e abandonadas ao lidar com a menopausa e, por isso, é crucial combater a indiferença e o estigma, uma vez que esta é uma fase de profundas mudanças. A Associação VIDAs, que se dedica a criar condições do ponto de vista político e social para a saúde da mulher, trabalha para empoderar a mulher com informação, transformando o receio em confiança para que cada mulher tome decisões com base em informação científica.”

A sessão, que incluiu um debate aberto e participativo, serviu como um poderoso lembrete de que a menopausa é uma transição natural que merece atenção, informação e apoio, e não estigma ou receio. A mensagem central de que “lidar com a menopausa” é diferente de “tratar uma doença” foi amplamente reforçada, incentivando uma abordagem proativa e positiva e a confiança na comunidade médica.

A Astellas reitera o seu compromisso em continuar a promover iniciativas que capacitem as mulheres e a comunidade médica a abordar esta fase da vida com conhecimento e confiança, desmistificando preconceitos e focando na qualidade de vida e no empoderamento feminino.