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A perda auditiva continua a ser ignorada, mesmo quando interfere com a vida diária

Com o final do ano, é comum fazer balanços pessoais ligados à saúde: consultas adiadas, exames por marcar, sintomas ignorados por rotina. A audição, porém, continua a ser uma das áreas mais desvalorizadas, mesmo quando já existem sinais de que algo mudou. Dificuldade em acompanhar conversas, aumentar sistematicamente o volume da televisão ou pedir para repetir são sintomas frequentemente atribuídos a fatores externos, não à audição.

A perda auditiva é uma das principais causas de incapacidade sensorial a nível global, afetando milhões de pessoas de todas as idades¹. Apesar disso, permanece invisível no quotidiano porque não provoca dor e porque os sintomas são graduais. Muitas pessoas adaptam-se, sem perceber que essas adaptações têm impacto direto no bem-estar social, emocional e cognitivo.

“As pessoas raramente ignoram alterações visuais ou dores persistentes. Com a audição, adaptam-se em silêncio, sem se darem conta das consequências”, afirma Celso Martins, Responsável Técnico da Minisom. “Começa com pequenos indicadores: não perceber o que se diz numa sala cheia, confundir palavras ou desistir de participar numa conversa. E quanto mais tempo estes sinais são normalizados, maior é a probabilidade de a pessoa se afastar sem se dar conta.”

O final do ano pode ser um momento oportuno para olhar para estes sinais com mais atenção. A avaliação precoce e o acompanhamento por um audiologista certificado da Minisom, ajudam a esclarecer sintomas e a preservar a qualidade de vida.

 

Fontes
¹ GBD 2019 Hearing Loss Collaborators. (2021). Hearing loss prevalence and years lived with disability (YLDs): findings from the Global Burden of Disease Study 2019. The Lancet, 397(10278), 996–1009

 

Terça-feira, 23 Dezembro 2025 12:21


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