O Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão (GECP) realiza a Reunião de Outono nos dias 24 e 25 de outubro, no Hotel Olissippo Oriente, em Lisboa. O encontro, que acontece de dois em dois anos, nos anos em que não se realiza o Congresso Português do Cancro do Pulmão, é dirigido a sócios e a todos os profissionais de saúde interessados na investigação e tratamento desta patologia.
O evento arranca no dia 24 de outubro com o Curso de Escrita Científica, orientado por Rute Costa, formadora especializada na área. Sob o tema “Como escrever um artigo científico: da pesquisa inicial à publicação”, o curso irá abordar as principais etapas do processo de escrita científica, desde a definição da questão de investigação e a identificação de literatura relevante, até à gestão de referências, compreensão dos tipos de artigos científicos e da estrutura geral de um artigo, bem como a seleção da revista adequada para publicação e o entendimento do processo editorial.
“A formação contínua e a partilha de boas práticas são pilares fundamentais da missão do GECP. O Curso de Escrita Científica pretende precisamente apoiar os profissionais na divulgação do conhecimento gerado em Portugal, reforçando a importância da investigação colaborativa”, destaca Ana Figueiredo, presidente da Direção do GECP e pneumologista na ULS Coimbra.
Acrescenta que ainda que “o curso assume um papel estratégico no reforço da qualidade e visibilidade da produção científica nacional, refletindo o empenho do GECP no crescimento da sua revista, Thorac, agora renovada, mais moderna e dinâmica, com revisão por pares e com o objetivo de alcançar a indexação internacional”.
O dia 25 de outubro será dedicado à habitual discussão multidisciplinar, o momento central do evento, onde especialistas de diferentes áreas se reúnem para debater temas emergentes no diagnóstico e tratamento do cancro do pulmão.
Entre os temas em destaque estão a Inteligência Artificial na radioncologia, na patologia e no futuro do rastreio, explorando o papel da tecnologia no apoio à decisão clínica, na personalização terapêutica e na análise de grandes volumes de dados (Big Data); e a inovação terapêutica, com enfoque nas novas abordagens e novas classes terapêuticas em desenvolvimento. O bem-estar do doente também irá estar em discussão, através de uma abordagem centrada na pessoa, com sessões dedicadas à Medicina Narrativa, Onco-fertilidade e conciliação terapêutica, temas de grande relevância para a humanização dos cuidados oncológicos.
A reunião encerra com a conferência “Novos fármacos, novas toxicidades”, que irá abordar os desafios emergentes associados às terapias inovadoras, nomeadamente a identificação e gestão dos efeitos adversos específicos.
Com um programa científico abrangente e diversificado, “o GECP reafirma o seu compromisso com a investigação, inovação e formação contínua, contribuindo para a melhoria da qualidade dos cuidados prestados aos doentes com cancro do pulmão em Portugal”, conclui Ana Figueiredo.