A Dr.ª Margarida Enes começou por destacar que “existem alternativas para a preservação da fertilidade em doentes com cancro em idade reprodutiva” e que “essas alternativas passam pela criopreservação de gâmetas”, explica, referindo que a “discussão multidisciplinar deve ser equacionada aquando do diagnóstico e não deve ser adiada por forma a não comprometer o timing do tratamento oncológico”, sustenta.
Ainda sobre o tema reitera que “esta discussão, venha ela traduzir-se na criopreservação ou não, tem um impacto positivo na vida [das doentes], no momento diagnóstico e também à posteriori”, assumindo um papel fundamental “oferecer esta esperança e esta possibilidade à doente oncológica”.
Está em causa, muitas vezes, “um diagnóstico numa idade em que ainda não se cumpriu o projeto parental”, neste sentido é essencial “discutir e esclarecer as doentes de que há possibilidade de fazer este tratamento sem comprometer o sucesso do tratamento oncológico”, conclui a Dr.ª Margarida Enes.