Mais um ano, mais uma edição de “reencontro” e de “oportunidade para novas parcerias, contactos e desenvolvimento de projetos”. O presidente destaca que, estando a via respiratória em contacto direto com o exterior, é “natural que tenha uma série de respostas patológicas”, que originam doenças infeciosas, obstrutivas, inflamatórias, fibrosantes, oncológicas entre outras.
“Quer no diagnóstico quer na terapêutica, tem existido uma inovação muito significativa”, partilha, defendendo que “a área respiratória é talvez a que tem mais inovação terapêutica”, com foco nas áreas em que a resposta farmacológica era pouco efetiva. Nos últimos anos, surgiram, então, ferramentas terapêuticas mais eficazes e que permitem “um prolongamento de qualidade de vida e de sobrevida em doenças previamente com um prognóstico muito mau”.
Além do 39.º Congresso da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, decorre em simultâneo o 4.º Congresso Luso-PALOP de Pneumologia e a 9th Union Europe Conference on Lung Health. Esta parceria permite “criar uma maior relação e interação de quem trabalha na área respiratória nos diversos países de Língua Oficial Portuguesa”. Apesar de a realidade ser diferente, a Sociedade Brasileira de Pneumologia traz uma visão diferente para o contexto português. “O Brasil é um país altamente desenvolvido na área respiratória com particularidades muito interessantes nomeadamente na luta antitabágica”, com resultados muito mais positivos do que aquilo que Portugal conseguiu atingir até ao momento, através das restrições e da sensibilização para a população sobre este tema.
Por outro lado, os PALOP apresentam uma realidade diferente, com “dificuldades muito significativas tanto de recursos humanos como materiais”, pelo que se torna uma constante aprendizagem trazer intervenientes de diferentes países.
Por sua vez, o 9th Union Europe Conference on Lung Health retoma para mais uma edição conjunta com o Congresso Nacional de Pneumologia, já que a experiência anterior foi positiva para a abordagem e discussão da tuberculose “de uma forma mais diferenciada do que aquilo que seria possível”.