“O conceito de VBHC já não é opcional, é uma necessidade mandatória para o nosso sistema nacional de saúde”, aponta Filipe Costa, destacando o impacto que esta abordagem pode ter na sustentabilidade da saúde em Portugal.
Segundo o fundador da Vision for Value, a implementação de modelos de VBHC é complexa, exigindo mudanças profundas na cultura organizacional, um elevado grau de conhecimento técnico e capacidade de medir resultados clínicos que importam aos doentes, bem como os custos associados à sua obtenção. Neste sentido, o projeto Mais Valor em Saúde surge como um suporte essencial, garantindo “um acompanhamento inicial multidisciplinar” que transforma “planos teóricos de intenção em planos práticos de implementação”.
Filipe Costa sublinha também o papel da colaboração entre os vários parceiros — como a Gilead, a APAH, a Exigo, a própria Vision for Value e a Meo — para assegurar a multidisciplinariedade necessária à concretização destes projetos.
Com vasta experiência internacional na aplicação de VBHC, o responsável acredita que Portugal tem potencial para se tornar “um exemplo europeu e mundial” nesta área. “Tenho ajudado múltiplos projetos, tanto no setor público como no privado. Acredito que nos próximos tempos os modelos de VBHC serão uma realidade efetiva em Portugal”, reforça.
Por fim, Filipe Costa reitera a missão da Vision for Value, que é garantir que o VBHC “deixa de ser apenas um conceito teórico e passa a fazer parte do modelo normal de tomada de decisão em saúde”. Nesse percurso, considera essencial a valorização dos profissionais que produzem melhores resultados para os doentes e uma visão clara de que investir em saúde é mais do que um custo — é um compromisso com a sustentabilidade do sistema.