Os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que 10,8 milhões adoeceram no último ano, um aumento face aos 10,7 milhões de 2022, mas superior aos 10,4 milhões de 2021 e aos 10,1 milhões de 2020, anos de maior incidência da COVID-19. “A tuberculose voltou provavelmente a ser a principal causa de morte no mundo, após três anos em que foi substituída pela doença do coronavírus, e causou quase o dobro das mortes que o VIH/SIDA”, alerta o estudo.
Sem tratamento, a taxa de mortalidade por tuberculose ronda os 50 %. No entanto, as terapêuticas recomendadas pela OMS curam cerca de 85 % das pessoas. Cinco países representaram 56 % do total mundial de casos: Índia (26 %), Indonésia (10 %), China (6,8 %), Filipinas (6,8 %) e Paquistão (6,3 %). Sendo que 55 % das pessoas que desenvolveram tuberculose eram homens, 33 % mulheres e 12 % englobam crianças e adolescentes.
Os Estados-membros da OMS e da Organização das Nações Unidas (ONU) comprometem-se a pôr fim à epidemia da doença, prevendo que, até 2030, haja uma redução de 90 % no número de mortes e de 80 % na taxa de incidência da doença, em comparação com os níveis de 2015.
“Acabar com a tuberculose continua a ser um objetivo longínquo, mas depois de graves reveses durante os piores anos da pandemia da COVID-19, existem várias tendências positivas”, realça o relatório da OMS.
Fonte: Lusa