Fórmulas para crianças com alergia ao leite de vaca passam a ser comparticipadas

31/10/24
Fórmulas para crianças com alergia ao leite de vaca passam a ser comparticipadas

Até agora, apenas as fórmulas elementares para as crianças com alergia à proteína do leite de vaca (APLV) severa eram comparticipadas. No entanto, a medida foi alterada: todas as fórmulas substitutas do leite para os bebés e crianças com APLV passam a juntar-se à lista. “Estas fórmulas especiais eram, até à data, um peso monetário incrível para estas famílias”, explica Sofia Luz, médica imunoalergologista.

As fórmulas elementares passam a ser comparticipadas a 90 % do valor e as fórmulas extensamente hidrolisadas terão 70 % de comparticipação, indica a Associação Nacional da Indústria de Alimentação Infantil e Nutrição Entérica e Parentérica (ANID). Além disto, a prescrição das fórmulas deixa de estar limitada aos pediatras do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e passa a poder ser feita por especialistas em Imunoalergologia e médicos que trabalham em hospitais privados.

Durante dois anos, desde 2022, a especialista trabalhou em conjunto com a associação para obter esta comparticipação. Segundo a ANID, “a comparticipação de fórmulas extensamente hidrolisadas reduz a necessidade de um número extenso de consultas pediátricas, análises e exames médicos, resultando em menos encargos para o Estado e para as famílias”.

Esta alergia, a mais frequente nas crianças até aos cinco anos, pode ser grave e os diagnosticados sofrem risco de morte. “Não há muitas doenças no mundo com um risco de morte em minutos, daí estas crianças serem portadoras de canetas de adrenalina”, afirma Sofia Luz.

Estima-se que, em Portugal, 8 % das crianças e 5 % dos adultos sofram de alergias alimentares, condição que tem vindo a aumentar cada vez mais nos países desenvolvidos.

Fonte: Lusa

Partilhar

Publicações