Para Mara Carvalho, da Associação Portuguesa de Planeamento Familiar (APF), “o facto de os jovens conhecerem mais o preservativo e a pílula, acaba por refletir o conhecimento da população em geral”. Sublinha ainda que “é necessário melhorar a literacia em saúde sexual e reprodutiva dos jovens, capacitando-os para uma melhor vivência da sua sexualidade”.
Portugal é o segundo país com maior taxa de uso de contracetivos entre os inquiridos (68%), logo a seguir a Espanha (69%). No entanto, 32% dos jovens apontam a falta de conhecimento como principal barreira ao acesso a diferentes métodos, seguida da pouca diversidade de opções apresentadas pelos profissionais de saúde (25%).
Mara Carvalho defende medidas como o acesso universal a todos os métodos no SNS, formação de profissionais e ativação dos gabinetes de educação sexual nas escolas. “Especificamente em relação à educação sexual em meio escolar, a APF considera prioritário ativar os gabinetes de informação e apoio à educação para a SSR nas escolas (Lei 60/2009) e desenvolver um espaço curricular definido para a educação sexual”.