Ordem dos Fisioterapeutas defende criação de unidades de Fisioterapia no SNS para melhorar acompanhamento pós-cirúrgico

07/05/25
Ordem dos Fisioterapeutas defende criação de unidades de Fisioterapia no SNS para melhorar acompanhamento pós-cirúrgico

O bastonário da Ordem dos Fisioterapeutas, António Lopes, defendeu a criação de unidades de Fisioterapia no Serviço Nacional de Saúde (SNS), a fim de evitar os longos períodos de espera para acompanhamento após cirurgias.

Em declarações o bastonário lamentou que acontece frequentemente os utentes não terem acesso imediato a Fisioterapia após a cirurgia, tendo que esperar até três meses para obter cuidados no setor privado. “É mais rentável fazer Fisioterapia dias após a cirurgia do que dois ou três meses depois. Nessa altura, já se instalaram sequelas e já não é possível ultrapassar”, referiu.

António Lopes destacou ainda a necessidade de integrar fisioterapeutas nas equipas de cuidados de saúde primários e aponta que “na Unidade Local de Saúde (ULS) do Algarve existem 30 fisioterapeutas nos cuidados de saúde primários, mas há outras ULS que não têm nenhum ou têm poucos”.

O bastonário também apontou que o número de fisioterapeutas no SNS é inferior à média da União Europeia (UE). De acordo com dados do Eurostat, a UE tem 137.000 fisioterapeutas por 100.000 habitantes, enquanto Portugal conta com apenas 110.

A criação de unidades de Fisioterapia no SNS será um dos principais temas debatidos no XII Congresso Nacional dos Fisioterapeutas, que se realiza nos dias 9 e 10 de maio. A inteligência artificial na Fisioterapia é outro dos temas que vai ser alvo de discussão no Congresso e António Lopes refere que a tecnologia pode ajudar o doente a ser mais autónomo, reforçando que os fisioterapeutas “têm a noção de que os 20 minutos de Fisioterapia não chegam”.

Além disso, o bastonário destacou ainda o papel educador dos fisioterapeutas nas escolas, reforçando a importância da prevenção e promoção da saúde, bem como a necessidade de maior acompanhamento após a saída dos utentes do hospital.

Fonte: Lusa

Partilhar

Publicações