A SPH alerta para o facto de a hipertensão ser uma “doença silenciosa”, frequentemente desvalorizada pela ausência de sintomas, o que compromete o diagnóstico e o tratamento. “Temos problemas de prevenção, problemas de diagnóstico e temos problemas de adesão à terapêutica, assim como dificuldades de acesso dos doentes aos médicos”, salienta o presidente da SPH, Fernando Gonçalves.
No âmbito da Missão 70/26, desenvolvida em parceria com a Servier Portugal, a sociedade médica pretende controlar, até 2026, 70% dos doentes hipertensos entre os 18 e os 64 anos, seguidos nos Cuidados de Saúde Primários. Rosa de Pinho, presidente cessante da SPH, mostra-se otimista com a evolução dos resultados e garante que “temos notado uma evolução crescente e acreditamos que vamos atingir o nosso objetivo”.
Ainda assim, a SPH sublinha a necessidade de combater as barreiras à adesão à terapêutica, lembrando que cerca de 25% dos doentes crónicos em Portugal se esquecem frequentemente de tomar a medicação. Rosa de Pinho destaca o papel da literacia em saúde, defendendo que se deve começar a sensibilização desde cedo, nas escolas, através de uma parceria com o Ministério da Educação.
Fonte: Lusa