A campanha, que conta com apoio da Bayer HealthCare, pretende salientar o papel fundamental do médico de família para detetar o doente de risco, em quem deve ser rastreado o CHC. O CHC corresponde a 90% dos tumores primitivos do fígado e é a 3ª causa de morte por cancro (692.000 casos) a nível mundial, representando 7% de todas as neoplasias
Em Portugal o número de internamentos e mortes por CHC tem vindo a aumentar largamente todos os anos (de 1990 a 2004 o número de mortes duplicou.)
De acordo com INE, em 2009, morreram cerca de 500 pessoas por CHC. Em 2010, o registo nacional oncológico registava 23.2% de incidência de tumores no peritoneu e aparelhos digestivos, no qual se inclui o CHC.
A campanha pretende sensibilizar e alertar para a importância do rastreio, uma vez que a vigilância permite o diagnóstico precoce do CHC, antes de se ultrapassarem as dimensões do tumor que já não permitem terapêuticas com intenção curativa. Por outro lado, o médico tem um papel fundamental na identificação dos indivíduos com factores de risco, para este tipo de tumores. O rastreio seriado dos indivíduos em risco é uma medida fundamental para que se consiga evitar que 60 a 75% dos doentes apresentem a doença avançada aquando do diagnóstico.
O médico de família é o primeiro profissional de saúde a ter contacto com os indivíduos nas instituições de saúde, sendo por isso capaz de detetar alterações nos exames propostos, referenciando eficazmente os doentes.
O diagnóstico precoce representa a longo prazo, diminuição das complicações das doenças hepáticas crónicas, dos custos gerados pelos tratamentos, com uma melhoria global da saúde da população.