"O programa educativo está organizado em 6 sessões, nas quais médicos, enfermeiros e psicólogos irão abordar temas como a avaliação da dor, o seu significado físico e psicológico, técnicas e estratégias simples, do dia-a-dia, para ajudar a prevenir e combater a dor, incluindo algumas atividades físicas acessíveis a todos. Será também estimulada a partilha de experiências entre os participantes, num ambiente de grande interatividade", explica Carina Raposo, responsável pela Escola.
De acordo com José Castro Lopes, professor responsável pela Cátedra: "Numa fase inicial, esta Escola destina-se apenas a doentes que frequentem as Unidades de Dor Crónica dos hospitais do Grande Porto, mas espera-se alargar esta iniciativa a qualquer pessoa que sofra de dor. A participação nas aulas não comporta nenhum custo".
As sessões da Escola para Pessoas com Dor decorrem aos sábados, entre as 15 horas e as 17h30 horas, na biblioteca do Departamento de Biologia Experimental da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.
A Cátedra de Medicina da Dor resulta da uma parceria entre a FMUP e a Fundação Grünenthal, destinada a apoiar a investigação e a formação nesta área do conhecimento médico.
A dor crónica é reconhecida como um grave problema de saúde pública com impacto significativo na qualidade de vida das pessoas e enormes custos individuais e sociais. Em Portugal, o impacto socioeconómico da dor crónica é estimado em 1,6 mil milhões de euros/ano, custo que atinge os 3 mil milhões de euros quando somados os gastos com incapacidades temporárias, "baixas" e reformas antecipadas.